Universo Concetual do eLearning
Os modelos de
aprendizagem em ambiente virtual permitem a criação de uma nova relação dentro
de um paradigma colaborativo emergente.
No âmbito da
aprendizagem colaborativo, surgem hoje vários modelos explicativos,
orientadores da implementação, do desenvolvimento e do funcionamento das
experiências educativas à distância
Entre os
modelos existentes sobre a criação, o desenvolvimento de comunidades e a
colaboração no seio destas, desempenham um papel importante para o
desenvolvimento de ambientes de aprendizagem colaborativa. Entre esses modelos,
merecem destaque os seguintes: o modelo de comunidades de investigação
(Garrison et
al.,
2000), o modelo de e-moderating (Salmon, 2000), o modelo de colaboração em
comunicação assíncrona (Murphy, 2004), o modelo de colaboração em ambientes
virtuais (Henri e Basque, 2003) e o modelo de interacção em ambientes virtuais
(Faerber, 2002). Estes modelos irão contribuir para preencher a lacuna inicial
dos trabalhos de investigação que é a falta de referenciais teóricos
orientadores da prática investigadora.
Alguns modelos
oferecem várias potencialidades, nomeadamente a criação de uma nova relação
pedagógica e novas funções que formadores e formandos são chamados a desempenhar
nos novos cenários de formação à distância, especialmente na formação em
comunidade. A sua complementaridade, será útil a investigadores na hora de enveredar
pela criação de comunidades virtuais de aprendizagem. Disponibilizam elementos
importantes que ajudarão a caracterizar vários aspectos dos contextos ou
ambientes de aprendizagem suportados pelas novas tecnologias.
Em relação ao formador,
desempenha um papel fundamental em todo o processo, desde a implementação, à
dinamização e aos resultados de aprendizagem. Nestes ambientes o papel do formador
não se simplifica, pelo contrário, torna-se mais complexo (Volman, 2005). Gomes
(2004) aponta para o surgimento de novos desafios e para o aumento do tempo de
esforço despendido pelo formador, quando envolvido em modelos de formação online, suportados na
interacção e construção colaborativa doconhecimento.
Os modelos de
aprendizagem em ambiente virtual alimentam e convidam à reflexão e de poderão servir como
referenciais para o desenho, a implementação de práticas e a análise dos
processos de interacção e colaboração no seio das comunidades virtuais de
aprendizagem. Facilitam a implementação,mas também a reflexão crítica daquilo
que se vem fazendo neste campo de estudos. Parecem.Apelam para uma
independência em relação aos aspectos tecnológicos que os podem suportar. A
construção de ambientes de aprendizagem
está a deixar de ser um problema tecnológico para passar a ser, um problema
pedagógico. Podem fornecer informação para a caracterização dos aspectos
fundamentais dos chamados contextos ou ambientes de aprendizagem, conceitos que
vão muito para além da tecnologia que os viabilizam. Suscitam uma nova função
para formadores e formandos, uma nova relação pedagógica visando o trabalho
colectivo. Atingir a colaboração entre os participantes da comunidade, está
presente, de forma mais ou menos explicita, em todos os modelos apresentados, o
que apela para a emergência de um paradigma colaborativo. Parece cada vez mais
evidente que a integração das tecnologias “colaborativas” com modelos
pedagógicos que soubermos criar, transporta consigo uma profunda revisão das
funções exercidas pelos formadores e formandos, bem como, uma alteração dos
cenários educativos e formativos tradicionalmente configurados.
· Aires, L. (2016).
e-Learning, Educação Online e Educação Aberta: Contributos para uma reflexão
teórica. CEMRI. Universidade Aberta.
· Dias, P. (2013). Inovação
pedagógica para a sustentabilidade da educação aberta e em rede. Universidade
Aberta.
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